sexta-feira, 24 de outubro de 2008

(Leandro Carvalho) Retornamos à Aracaju, desta vez para uma apresentação no Teatro Tobias Barreto, o principal palco de espetáculos da cidade. O Teatro é gigantesco, com capacidade para 1.500 pessoas. Como a divulgação no Estado teve o apoio imprescindível da Votorantim local, com spots na TV e no rádio, ficamos tranquilos. Os jornais impressos também fizeram ótimas matérias anunciando a chegada do projeto “Concertos pelo Brasil”. E não deu outra! Mais de 800 pessoas foram prestigiar a Orquestra do Estado de Mato Grosso ontem na capital sergipana.

Começamos com a Suite Saint Paul, do inglês Gustav Holst, com bastante garra (apesar da noite mal dormida pois saímos do Hotel em Fortaleza para o aeroporto às 4 da manha). Em seguida, ao anunciar a entrada das violas de cocho, a curiosidade do público é evidente. Depois das primeiras peças, a desconfiança dá lugar ao entusiasmo, ratificando a inusitada combinação entre instrumentos de naturezas tão distintas. As peças sul-americanas e mato-grossenses conquistaram o público que aplaudiu a Orquestra em pé e pediu bis. Obrigado a todos!

Reflexão

Mais uma vez, diante de um Teatro com tamanha estrutura, cabe uma reflexão comparativa com Cuiabá. Quando terminamos o concerto, um assunto é recorrente entre os músicos e a produção da Orquestra. O Tobias Barreto foi concluído recentemente, em 2002, numa cidade de pouco mais de 500.000 mil habitantes, ou seja, do mesmo porte que Cuiabá. É claro que a inauguração desta fantástica estrutura trouxe avanços enormes para o Estado de Sergipe, fomentando as artes performáticas locais e atraindo espetáculos de outros estados e países. Além disso, pode abrigar dignamente a Orquestra Sinfônica do Estado de Sergipe, que ali ensaia e apresenta concertos para sua população.

Se levarmos em consideração o PIB e a renda per capita de Mato Grosso veremos o absurdo que é Mato Grosso não ter um teatro a altura da sua importância no cenário econômico brasileiro.

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